“Orgulhosos e sorridentes, eles desfilam pela casa com meus troféus,
gritando é campeão”. É dessa forma animada que o velocista João Rogério
Claudino, que vive em Taubaté, fala de seus netos e do exemplo que dá a
eles, em busca de uma vida saudável e produtiva.
Aos 58 anos e com quatro netos, João é uma lição, não só para a
família, mas para qualquer pessoa que o conheça e tenha a oportunidade
de trocar umas palavrinhas com ele. De rara animação, o aposentado, que
cursa o 2º ano de fisioterapia, treina diariamente e tem alcançado
resultados invejáveis.
Além do bom humor, fruto dessa rotina que escolheu viver, como ele
mesmo garante, João anda colecionando vitórias. Conquistou o bronze
(800m rasos e revezamento) no Sul Americano em Rosário, Argentina, em
2008; foi ouro e prata em Santiago do Chile, no revezamento 4X100m e
4X400m; é tri-campeão do Troféu Brasil e no Torneio Zildo Bueno, da
região, onde conquistou ouro, prata e bronze. Também é campeão e vice do
Circuito Taubateano de Corrida Pedestre, faixa etária, 50 a 54 e 55 a
59.
Mas, embora esteja treinando como velocista (100, 200, 400, 800 e
1500m rasos), o gosto pela corrida surgiu mesmo em percursos mais
extensos. Começou a treinar na década de 80 e já participou de inúmeras
maratonas nacionais e internacionais no Rio de Janeiro, meias maratonas
de São Paulo, além de corridas de 5, 10 e 15k, com bons resultados. A
primeira delas, a Maratona Internacional do Rio de Janeiro, foi sua
experiência mais difícil, apesar de conquistar, de cara, o 3º lugar em
sua faixa etária (30 a 39 anos).
Todo esse currículo, digno de um vovô pouco convencional, mas muito
admirável, João atribui a vontade e a escolha que fez: “Nós somos o que
queremos, o que fazemos e o que pensamos. Me espelho em pessoas fortes
e, de maneira alegre e simpática, ofereço essa realidade para meus
filhos e netos”, afirma.
E para não perder o pique no dia a dia, João conta que pensa em toda
sua trajetória, toda a saúde que ganhou e lembra que “a cada gota de
suor derramada, surge a certeza de uma vida prolongada”. Otimista e
extremamente motivador, nosso personagem deixa escapar, apenas por um
breve momento, um sentimento de insatisfação, quando fala da falta de
apoio financeiro para as competições. Uma questão, inclusive, comum a
maioria dos atletas dessa modalidade.
Sem assessoria esportiva, Claudino treina com amigos: “Meu relógio
foi meu primeiro treinador. Hoje peço ajuda aos amigos e professores
como o prof. Guto, Edson, Paula e Zildo e atletas como José Luis
(Amaral) e Cláudio Lopes”. E finaliza: “treino todos os dias, faça chuva
ou faça sol, mas procuro conciliar os horários para conseguir dividir
momentos com minha família também. Estar com eles e participar de suas
vidas”.
*** Tive oportunidade de competir com esse atleta e não foi fácil vence-lo nós 400 metros rasos na pista da Universidade de Viçosa - Viçosa/MG e com ele formamos o quarteto do revezamento 4 x 100 e 4 x 400 no Sul Americano de Atletismo Master no Peru onde fomos prata e bronze hoje estamos em faixa diferente mais em 2015 voltarei a enfrenta-lo novamente.
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