segunda-feira, 11 de agosto de 2014

“Orgulhosos e sorridentes, eles desfilam pela casa com meus troféus, gritando é campeão”. É dessa forma animada que o velocista João Rogério Claudino, que vive em Taubaté, fala de seus netos e do exemplo que dá a eles, em busca de uma vida saudável e produtiva.
Aos 58 anos e com quatro netos, João é uma lição, não só para a família, mas para qualquer pessoa que o conheça e tenha a oportunidade de trocar umas palavrinhas com ele. De rara animação, o aposentado, que cursa o 2º ano de fisioterapia, treina diariamente e tem alcançado resultados invejáveis.
Além do bom humor, fruto dessa rotina que escolheu viver, como ele mesmo garante, João anda colecionando vitórias. Conquistou o bronze (800m rasos e revezamento) no Sul Americano em Rosário, Argentina, em 2008; foi ouro e prata em Santiago do Chile, no revezamento 4X100m e 4X400m; é tri-campeão do Troféu Brasil e no Torneio Zildo Bueno, da região, onde conquistou ouro, prata e bronze. Também é campeão e vice do Circuito Taubateano de Corrida Pedestre, faixa etária, 50 a 54 e 55 a 59.
Mas, embora esteja treinando como velocista (100, 200, 400, 800 e 1500m rasos), o gosto pela corrida surgiu mesmo em percursos mais extensos. Começou a treinar na década de 80 e já participou de inúmeras maratonas nacionais e internacionais no Rio de Janeiro, meias maratonas de São Paulo, além de corridas de 5, 10 e 15k, com bons resultados. A primeira delas, a Maratona Internacional do Rio de Janeiro, foi sua experiência mais difícil, apesar de conquistar, de cara, o 3º lugar em sua faixa etária (30 a 39 anos).
Todo esse currículo, digno de um vovô pouco convencional, mas muito admirável, João atribui a vontade e a escolha que fez: “Nós somos o que queremos, o que fazemos e o que pensamos. Me espelho em pessoas fortes e, de maneira alegre e simpática, ofereço essa realidade para meus filhos e netos”, afirma.
E para não perder o pique no dia a dia, João conta que pensa em toda sua trajetória, toda a saúde que ganhou e lembra que “a cada gota de suor derramada, surge a certeza de uma vida prolongada”. Otimista e extremamente motivador, nosso personagem deixa escapar, apenas por um breve momento, um sentimento de insatisfação, quando fala da falta de apoio financeiro para as competições. Uma questão, inclusive, comum a maioria dos atletas dessa modalidade.
Sem assessoria esportiva, Claudino treina com amigos: “Meu relógio foi meu primeiro treinador. Hoje peço ajuda aos amigos e professores como o prof. Guto, Edson, Paula e Zildo e atletas como José Luis (Amaral) e Cláudio Lopes”. E finaliza: “treino todos os dias, faça chuva ou faça sol, mas procuro conciliar os horários para conseguir dividir momentos com minha família também. Estar com eles e participar de suas vidas”.
*** Tive oportunidade de competir com esse atleta e não foi fácil vence-lo nós 400  metros rasos na pista da Universidade de Viçosa - Viçosa/MG  e com ele formamos o quarteto do revezamento 4 x 100 e 4 x 400  no Sul Americano de Atletismo Master no Peru onde fomos  prata e bronze hoje estamos em faixa diferente mais em 2015 voltarei a enfrenta-lo novamente.


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